Rosa Righetto

Amor Paixão e Sentimentos

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Música***trilha sonora de filme de suspense (youtube.mp3)

Uma Noite de Prazer Com o Demônio

Trilhando por caminho que embora desconheçamos, por vezes adentramos num mundo perigoso. É extremamente pobre de espírito aquele que julga tudo saber ou poder explicar, acredito sim tudo está além da nossa imaginação, que são apenas devaneios de uma máquina chamada cérebro a qual viajamos além do que possamos conceber. Seja num mundo real ou espiritual.
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Henrique era jovem e se considerava uma pessoa inteligente. Adorava viajar em pensamento no tempo. Depois de um dia exaustivo de trabalho tomou banho, jantou e foi para o quarto. Ao cair da noite veio uma forte ventania acompanhada de relâmpagos, trovões, seguido de uma torrente chuva. Cansado, recostou no travesseiro macio e adormeceu.
 
Uma luz forte adentrou ao quarto, Henrique esticou os braços e tocou a luz. Ele sentiu como se perdesse do seu próprio eu. Sentiu-se amplo, sem os limites do corpo, calmo, porém surpreso se viu de pé ao lado de sua cama, viu seu corpo deitado, abriu à porta o mais silenciosamente que pôde, caminhou devagar saindo e deixando seu corpo para trás. Sentia uma vaga impressão indefinível de que alguma coisa estava errada, deu mais um passo, ao lado pressentiu seu anjo da guarda bem no meio da luz.  Disse lhe então o anjo:
 
- cuidado Henrique, está entrando num mundo perigoso cheio de mistérios, estarei ao seu lado enquanto estiver na luz, se você atravessar o portal que leva ao umbral não terá mais minha proteção, pois nem mesmo eu como anjo, tenho permissão para passar do outro lado. Quando Henrique pensou em perguntar, “como saberei onde fica esse outro lado” o anjo havia desaparecido.
 
Henrique seguiu e continuou caminhando, logo à frente uma névoa tocou-lhe os pés. Deu mais um passo e depois outro, começou então a flutuar, não compreendia como ele podia se elevar contrariando a vontade do vento, mas isso também não importava. “só podia ser mais um sinal de sorte, ou azar?” Pensa ele.
 
De repente Henrique se empolga nem nota que uma mulher o segue com olhar fixo, uma expressão estranha, ela anda e acena com a cabeça para que ele a siga. A mulher caminhou por um corredor estreito e curto se postou do outro lado e o chamou.
- vem Henrique, Érika o espera.
- o que Érika faz aqui? Pergunta Henrique. Depois, não tenho permissão para passar do outro lado. Quando então Érika o chama;
-vem comigo Henrique, cuidarei de você, não tenha medo.
 Receoso, desconfiado, ele sabia da paixão que Érika nutria por ele. Ela o toma pela mão e o leva para o outro lado do vale.
Henrique pergunta a Érika:
- aonde vamos?
- vou te levar num lugar diferente, aconchegante, sempre te quis, você ignorava meu sentimento, agora vou te dar momentos de muito prazer.
 
Érika entra com Henrique num lugar arrepiante, pessoas com caras de monstros, as gargalhadas de tão estridentes criavam ecos. Henrique horripila, aflito e com medo pergunta a Érika.
- que lugar horroroso é esse?
- calma Henrique, estamos chegando.
Por fim, entram numa sala labiríntica Uma enorme lareira aquecia o ambiente. Érica com seu chicotinho era dona da situação. Henrique se submete aos caprichos, aos mandos e desmandos de Érika, até que ele se aborrece e reage, fica irritado profere palavras agressivas, já estava cansando de ser dominado. Érika o afasta com um empurrão se sentiu afrontada.
 
Então ele diz:
 
- Você me mandou cantar, eu cantei, mandou beber, eu bebi, a tudo que ordenou eu obedeci, se você se ressentiu com as palavras que ouviu, sinto muito, não era minha intenção. No entanto você se posta frente a mim com essa roupa transparente onde vejo todas as suas curvas, cada detalhe intimo, quer que eu espere até quando? O que pretende.
 
Érika silenciosamente abre o broche que prendia a blusa na altura do peito deixou que a deslizasse até os pés. Ela o desafiou como uma desfrutável, contudo ficou estática quando o viu tirar a camisa e exibiu o tórax másculo. Érika argumenta:
- Oh, o que está fazendo.
- como assim o que estou fazendo
- você está nua, me prometeu prazer, ou não!
 
Érika se encolhe diante da lareira sentindo o calor do fogo aquecendo lhe o rosto, os ombros o peito, as entranhas ardiam em brasa.
 
Henrique nem lembrava mais das instruções do anjo, estava tão empolgado que não percebeu as sombras negras que flutuavam escurecendo o ambiente. Totalmente excitado balbucia: - quero você Érica,
 
Érika ficou imóvel, impassível, sem trair suas emoções.
O fogo ainda ardia na lareira, criando luz e sombra, o clima de desejo exalava na atmosfera da sala. Os seios fartos de Érika intumescidos não tinha como disfarçar, Henrique desejoso olhava com intensidade cada detalhe. Delicadamente se achega.
- posso tocá-la?
- sim, concordou Érica com voz suave.
Ele se adiantou e foi até ela, afastou o cabelo que lhe cobria o ombro e roçou os lábios na pele macia do pescoço, acariciou os seios antes de beijá-los. Depois de delicia-se nos mamilos enrijecidos ele traçou um caminho de beijos sensuais pelo ventre, Érika deixou escapar um gemido abafado de prazer e excitação.
 
A fragrância de Érika era inebriante, o gosto um afrodisíaco que estimulava os sentidos deixando-o enlouquecido. Apesar do desespero da urgência que o castigava, antes de penetrá-la parou para admirar sua beleza. Cuidadosamente posicionou-se entre as pernas de Érika, ela enlaçou-o pelos ombros, quando Érika abriu os olhos ele a penetrou. Num gemido extasiante ela delirou em meio ao trovão devastador que ecoou, e em meio à tempestade nebulosa chegaram ao clímax que os atingiu com o poder do vento num gozo pleno.
 
Alguns segundos se passaram Érika ainda ofegante girou-se e por motivos que Henrique não entendia sua voz soara ríspida e grossa, vira-se para ele subitamente, com os olhos vermelhos feito sangue o rosto desfigurado, a pele caindo estava derretendo, toda gosmenta, ela solta uma gargalhada totalmente ensandecida.
 
Henrique levantou rápido, apavorado com muito medo se lembrou de que estava num terreno perigoso. Érika estava irreconhecível. Henrique corria sem parar, ofegante coração parecia sair pela boca, caia, levantava, olha para trás Erika estava perto, ia alcança-lo. Com olhar aterrador uma voz grossa ela o chama.
- espere por mim Henrique vou com você
Henrique clama pelo anjo
- socorro anjo, me ajuda. Quando então aparece a mulher que o colocou para dentro do vale negro empurrando-o para o outro lado.
 
Henrique acorda suado cansado, passa a mão para sentir se está mesmo em sua cama. Levanta para um banho, quando tira a roupa um pedaço de pele gosmenta grudado em seu peito. Encabulado se pergunta, “onde raio passei a noite”.
 
Mais tranquilo agora se lembra do pacto que fizeram, ele e Érika,
 
Érika e Henrique eram amigos desde a infância, porém ela se apaixonou por ele, Henrique ao contrario nutria um carinho especial por ela, de irmão talvez. Contudo às vezes em tom de brincadeira ele desdenhava dos sentimentos dela.
 
Haviam feito um pacto, quem partisse primeiro desse mundo para melhor, vinha assombrar o outro. Ela havia falecido há uns dois anos passados num trágico acidente de carro. Sem saber por quais motivos Érika estava perdida no vale das sombras. Henrique por pouco não ficou por lá também. Com muita sorte conseguiu sair. Ou teria sido o anjo que o salvou! Pelo sim pelo não Henrique decidiu não pagar pra ver.



Rosa Righetto
22/08/11
Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 22/08/2011
Alterado em 22/08/2011
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