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www.rosarighetto.prosaeverso.net/visualizar.php Equilibrium (2002) - (Epic Orchestra O Casarão do Terror No meio da noite um ar sombrio e gelado a escuridão dissolvia lhe a alma tormentos assolando os seus pensamentos um estranho nó na garganta. Na mais completa escuridão de num dos cômodos do casarão sombras nefastas pareciam ter ali morada cativa perscrutando a rotina de sua vida. Desde que sua mãe morreu aquele quarto permanece trancado seus tios e tutores jamais deixou que alguém entrasse ali. E todas as noites Bianca ouvia um pedido de socorro uma voz rouca fraca pedia desesperadamente socorro o estranho que só ela parecia ouvir. Certa noite acordou em gritos sentia o corpo pesado saiu do seu quarto e foi caminhando pelo corredor, respiração ofegante com o coração querendo pular do peito. À medida que ia chegando mais perto daquele quarto à voz ia aumentando, e a coragem diminuindo. O grito de pavor despertou seu tio Oscar que sai da cama irritado levanta a mão em direção ao rosto de Bianca, porém se contem. Com a voz alterada diz: - todas as noites essa gritaria – é louca como a própria mãe mesmo, vá dormir estou me esforçando para não esbofeteá-la Bianca meneou a cabeça lutando contra as lágrimas. - Faça o que quiser a mim pouco importa vocês não gostam mesmo de mim, acham que estou mentindo. Endireitando os ombros cabeça erguida ela abriu a porta e foi para seu quarto. Desolada com olhos vermelhos embaçados pelas lágrimas acabou adormecendo. Ao acordar viu que a sua privacidade enquanto dormia havia sido invadida, Bianca não hesitou. - quem colocou essa bugiganga em meu quarto? Oscar, imediatamente responde. - não são bugigangas, são partes das coisas de sua mãe. Na verdade era um baú velho de madeira. Bianca deixou o baú velho pra lá, estava empolgada na parte da tarde chegaria parentes que a muito não via, inclusive o primo Rafael. O casarão tinha quartos suficiente para abrigar a todos. Desceu com os cabelos desarrumados e sentou-se a mesa. Sua tia pergunta – Você entrou no meu quarto ontem Bianca? Ela olha e nota o tio Oscar com olhar fixos nela – não tia Ester - me pareceu ouvir seus gritos – foi impressão sua está tudo bem.. Bianca após os cumprimentos e o desejo de boas vindas aos parentes que acabam de chegar vai até Rafael. Deu um abraço bem forte no primo. - Estou contente por estar aqui vamos entrar conhecer nossa casa. Juntos adentram passam pelo corredor em frente ao quarto fechado e seguiram. Acomodou o primo no quarto ao lado do dela. Depois de algum tempo conversando saem para que o primo conheça o haras. Pede para o domador botar sela em dois cavalos montam e saem. Admirado Rafael olha por todo o lado maravilhado com a beleza do lugar. Fazem uma longa cavalgada, pois a fazenda e muito grande. - prima fico extasiado com a beleza desse lugar, você vive num paraíso. Cavalgando próximo ao rio Bianca sofre uma crise de estranhos espasmos, se contorce toda uma expressão de medo e dor se revelava, soltou as rédeas do cavalo e caiu. Rafael desmonta rapidamente preocupado com o estado de Bianca. Toma-a nos braços lentamente abre os olhos se contorce toda e volta ao normal. Rafael pergunta: - se sente bem? - sim estou ótima, vamos sentar um pouco preciso falar com você. Bianca age como se nada houvesse acontecido e começa a falar relatando ao primo os fatos estranhos do casarão a hostilidade do tio Oscar com ela, desde que sua mãe morreu ela ouve gritos e pedidos de socorro. Rafael ouve calado por fim responde – agora estou aqui, meu quarto ao lado do seu irei protegê-la e seja lá o que for vamos descobrir. Rafael volta a perguntar: tudo bem com você mesmo? Bianca meneia a cabeça irritada com a insistência do primo – estou bem já disse – então podemos voltar. Depois do jantar foram para a sala de estar, se acomodam no sofá para assistir um pouco de TV. O vento soprava forte naquela noite de sábado, fazendo sons parecidos com uivos. Era uma noite de inverno daquelas que demorava pra esquentar, o cansaço da cavalgada faz com que Rafael logo adormece. Acordou por volta da meia noite assustado. Ouvia gemidos um choro sufocado, prende a respiração nas pontas dos pés sai até o corredor vai ao quarto de Bianca, parecia surreal a prima agonizava estava sufocada, Rafael segura Bianca pelos ombros da um chocalhão esbofeteia lhe o rosto ela acorda. Tremendo muito ela dizia que algo a segurava com força não deixando que ela levantasse.. Bianca diz a Rafael – está ouvindo a voz pedindo socorro. A princípio ele não ouvia e nem via nada, abrem a porta do quarto e saem em direção ao corredor estava muito escuro. A única luz existente era a do quarto trancado reflexos saiam por baixo da porta. Rafael entendeu teria que abrir aquela porta, seja la o que for havia de descobrir. Bianca se lembra do baú com as coisas da mãe. – espere Rafael vamos abrir o baú quem sabe ali tem algo que nos ajude. Então Bianca e Rafael voltam ao quarto e abrem o baú dentre alguns papeis pareciam ser documentos velhos havia uma chave. Quando então voltam rapidamente para o corredor. Enquanto iam em direção à porta misteriosa, sentiu um cheiro estranho. Cheiro de coisa morta o ar pesado, quente. Percebem então que não eram mais os únicos a andar pela casa, naquele momento sombras vultos negros lhes faziam companhia. Respiração ofegante medo dominante, Rafael decide: – Vou abrir essa porta! Coloca a chave na fechadura gira, a porta se abre. Nesse momento um vulto negro os empurra para dentro do quarto, Rafael bate com a cabeça e perde os sentidos. Bianca fica paralisada não se conteve ao ver aquela cena de horror tenta sair dali, porém a porta está trancada. A se virar veja uma ossada provavelmente de sua mãe em uma cadeira com as cordas ainda qual fora amarrada ficou entorpecida quando de repente vê algo se movimentando no quarto vindo em sua direção, sem conseguir pronunciar qualquer palavra viu surgir em sua frente a figura do tio Oscar com vestimenta negra olhos vermelhos e um punhal na mão, Bianca queria gritar porém a voz não saia. Com requinte de crueldade Oscar amarrou Bianca em uma maca amordaçando-a para conter seus gritos e da inicio uma seção de magia negra. Por hora o quarto era iluminado por velas de todas as cores. Bianca teria o mesmo fim de sua mãe pensa ela. Rafael volta em si consegue se levantar pega uma barra de ferro e parte pra cima de Oscar, porém ele parecia dominado pelo satanás uma força e agilidade parecia flutuar naquele quarto, Oscar lhe impunha um par de olhos avermelhados que fulminava parecendo chispas de labaredas. Até que Rafael vê uma lança e num salto consegue acertar o peito de Oscar. Vendo Oscar caído Rafael se apavora com o horror, sombras mortas parecendo vivas riam gargalhavam num som estridente ensurdecedor. Tem que agir rápido solta Bianca e conseguem sair do quarto. Surpresos, já era dia parecia nada ter acontecido. Encontram a tia no corredor: - vim chama-los para o almoço está na mesa. Todos reunidos uma linda mesa farta. Tio Oscar levanta e sugere um brinde pela saúde de todos por estarem ali reunidos em família. Bianca e Rafael se olham e sem entender nada se calam. E a rotina continua no casarão do horror. A vida é muito mais do que parece, entre sonhos e realidade trabalhamos para alargar nossos potenciais. Quando deixamos o medo tomar conta do nosso consciente as ilusões vão se desfazendo e fazendo até que tudo se esclareça. Muitas vezes nos obrigamos a agir contra o impulso de nossa verdadeira natureza, e dessa forma vamos adquirindo clareza aumentando nosso senso de realidade. Rosa Righetto 02/06/11 Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 02/06/2011
Alterado em 02/07/2011 Copyright © 2011. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |