SOLITUDE NOTURNA
Madrugadas solitárias brisa no rosto a tocar, saudade das palavras amenas, carinhosas, a vontade do beijo fugaz molhado. Voz que cala transcende em inspiração impulsionados pela eternidade absorvido no tempo. Brisa que chega com o amanhecer como uma flor desfolhada de pétalas desfeitas, sorriso emudecido. Em lençóis de desejos leito de paixões, vestes noturnas fino tecido da noite. Lágrima cala baixo escorre na face assolando sonhos, palavras proferem destroçam e soam nos ouvidos, vento a soprar num roçar dolorido, um suspiro errante murmúrio calado. Sombras que vagueiam indóceis pelos vértices da alma, sombras funambulescas na solitude noturna. dentro do peito um vazio, calafrio, começa a desenhar lembranças. A pequena graúna canta solitária, os versos se perdem e as palavras não saem, semeiam o silencio. ROSA RIGHETTO Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 10/02/2010
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