Madrugadas solitárias brisa no rosto a tocar, saudade das palavras
amenas, carinhosas, a vontade do
beijo fugaz molhado. Voz que cala
transcende em inspiração impulsionados
pela eternidade absorvido no tempo.
Brisa que chega com o amanhecer
como uma flor desfolhada de
pétalas desfeitas, sorriso emudecido.
Em lençóis de desejos leito de paixões,
vestes noturnas fino tecido da noite.
Lágrima cala baixo escorre na face
assolando sonhos, palavras proferem
destroçam e soam nos ouvidos, vento
a soprar num roçar dolorido, um
suspiro errante murmúrio calado.
Sombras que vagueiam indóceis
pelos vértices da alma, sombras
funambulescas na solitude noturna.
dentro do peito um vazio, calafrio,
começa a desenhar lembranças.
A pequena graúna canta solitária,
os versos se perdem e as palavras não
saem, semeiam o silencio.