Rosa Righetto

Amor Paixão e Sentimentos

Textos


 
Um excitante fim de semana.

Depois de um dia exaustivo de muito trabalho resolvi me alongar um pouco, um fim de semana na fazenda da família para refletir, relaxar, lugar gostoso tranqüilo, meu pai tem mania de cultivar ervas medicinais, desde sempre adepto a homeopatia, tem algumas ervas esquisitas, eu não saberia distinguir, meu conhecimento a respeito é zero. Uma grande área tomada de cana de açúcar, milho, feijão, batata doce, araruta, no pomar pessegueiro, limoeiro, laranja, ameixa e goiaba, no pasto gado de corte e leiteiro. Os caseiros há muito tempo morando na fazenda, com dois filhos, Anita já havia saído para cursar faculdade, Mauro se tornou o capataz, lida com o gado na fazenda, e nos finais de semana peão de rodeio. Fazia muito tempo que não o via, tinha na minha lembrança o menino franzino briguento, me surpreendi quando vi aquele rapaz másculo forte se apresentando. Olá dona Sandra como vai à senhora. Sou Mauro filho do caseiro, olá Mauro muito prazer em revê-lo, e nada de senhora... Puxa você está homem feito, (risos). Mauro me ajudou a subir com as malas, deu chau e foi saindo, derrepente se vira e diz: tem rodeio na cidade se quiser posso levá-la, vou tomar banho deitar para um descanso depois nos falamos.

Entrei no quarto me despi admirei-me no espelho, entrei no chuveiro ensaboei meu corpo com delicadeza, meu pensamento me deixava aturdida, fiquei encantada com o peão, tentei desviar meu pensamento, sai do banho, vesti um roupão cabelos molhados fui até a cozinha, preparei um chá e voltei para o quarto, dei uma olhadela pela janela e vejo Mauro montando um alazão muito bonito, gritei...  Peão... Você só entende de cavalos... Ele respondeu não dona Sandra... Tem duas coisas que entendo bem, uma é lidar com cavalos e vacas, a outra é mulher, saiu galopando e rindo, me recolhi rapidinho esparramei-me na grande cama de casal e dormi.

Acordei às oito da noite mais ou menos, desci para a cozinha, procurei algo para comer, Zélia a senhora que cuidava da arrumação da casa e nos atendia quando lá estávamos logo se prontificou e preparou a mesa, fiz o jantar dona Sandra, sabia que acordaria com fome, agradeci pedi a ela que me fizesse companhia, terminado o jantar fui para a varanda tomar o cafezinho, uma noite fresca iluminada pelas estrelas. No dia seguinte pedi a Mauro que preparasse um bom cavalo, queria cavalgar um pouco nos arredores da fazenda... Quer que eu vá junto Sandra? Não obrigada Mauro, prefiro ir só. Sai galopando cheguei até o riacho de água cristalina, desci do cavalo, e resolvi brincar um pouco, nadei, mergulhei me senti totalmente livre, realmente num paraíso, percebi que alguém me espionava, era Mauro, mas fiz de conta que não o vi, no fundo eu estava gostando de ser admirada, me vesti montei e sai galopando de volta, fui até a casa do caseiro, Mauro chegou em seguida, gostou do passeio Sandra? Adorei... Vou subir descansar, a noite gostaria de ir ao rodeio se puder me levar?...Mauro mais que depressa, claro que sim.

Fui para meu quarto dormi ouvindo musicas, ao acordar me vesti a caráter, botas chapéu, cinto, estava pronta, Consegui avistar Mauro que vinha ao meu encontro, corpo sarado, fortão, calça justa, cinturão reluzente... E que bota, provavelmente de couro exótico, exalava sensualidade por todos os poros, um excitação. Aproximou-se tocou minha mão nas pontas dos dedos e me deu um giro... Nossa como você está linda, uaaaaaaaaaauuu... Meu corpo tremeu nas bases. Bom, aos poucos fui entrando no clima, contrai o vírus do caubói, Saímos em direção ao galpão onde ficava os veículos, uma camionete cabine dupla, belíssima, Mauro havia ganhado como premio de montaria. Saímos, e lá estava eu, em clima de rodeio, sentada num luxuoso camarote, comento uma maça do amor. O narrador anunciava, chegara à vez de Mauro se apresentar, fez uma belíssima apresentação, ótima colocação, fora muito aplaudido. Logo chega perto de mim e pergunta, e ai está gostando? Estou adorando, tomamos um drink, jantamos e nossos olhares se tocaram. Pedi pra que saíssemos, demos umas voltas, apreciamos a exposição... Comprei algumas lembrancinhas para as amigas. Voltamos para a fazenda. No trajeto de volta, ouvimos musicas, Mauro dirigia devagar, de vez em quando tocava meu rosto de leve, e o clima foi esquentando. Quando chegamos desceu abriu a porta muito educadamente me ajudou a descer. Abraçamos-nos e nos beijamos, pedi a ele que me acompanhasse até a casa grande, fomos em silencio. Ele entrou na casa e me acompanhou até o quarto, ficamos tímidos, mas o desejo tomava conta da gente, tirei a roupa deitei e pedi que ele se deitasse ao meu lado.

Mauro tirou a roupa e se deitou, moveu suas pernas tocando levemente as minhas. Pude sentir os pelos, o calor de suas coxas, a ponta do joelho entre minhas pernas. Por um momento pensei em resistir, sair correndo ou gritando. Mas me acalmei. Rocei a perna nas coxas dele e logo fui correspondida. A mão dele escorregou sob as cobertas e tocou meus seios, rendi-me alucinada. Ele manobrou a cabeça e me beijou. Aos poucos foi me beijando o rosto, Beijou-me a boca demoradamente. Amamos-nos sofregamente, parecia nenhum dos dois ter sentido antes tanto prazer como naquela noite. Dormimos profundamente um sono dos anjos, e nos amamos novamente de madrugada, em diferentes posições.
Quando o dia amanheceu, acordei, fui até o banheiro tomei uma ducha. Deitei novamente e fiquei olhando aquele corpo delicioso que dormia a meu lado. Eu o acordei com um beijo, oi garoto já é dia, ele sorriu espreguiçou e me acarinhou. Foi ao banheiro tomou uma chuverada voltou enrolado na toalha, me pegou pela cintura beijou-me longamente na boca, e disse: é isso menina, entendo de mulheres... Mas a muito não era tão feliz. Dizendo isso se vestiu e saiu para a lida. Fiquei ali estática vendo o caubói desaparecer.

Preparei-me para voltar à cidade, no dia seguinte começaria minha habitual rotina de trabalho, Mas com certeza voltarei muitos outros finais de semana na fazenda para descansar.
 
Um conto de ficção.
Por hora é só...Fim...


Rosa Righetto
Enviado por Rosa Righetto em 30/10/2009
Alterado em 26/02/2010
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